domingo, 8 de abril de 2012

Luzes sem Definição.

Ontem vi estrelas.
Sim, estrelas!
Ontem também senti a chuva cair,
Chuva traiçoeira.
Para quando acho que vai durar a noite toda, vem quando não se espera...
E frequentemente vem molhar por fora esse sorriso que as vezes engana até a mim mesmo que estou bem.
Esse brilho me confunde.
Mistura de luzes, movimento, cores...
Risos...
Engraçado como uma situação assim traz esse sorriso.
Me pergunto se é somente porque ele se escondeu por tanto tempo e agora sinto vontade de fazê-lo brilhar com a resistência daquela estrela, sozinha, escondida por nuvens carregadas e pela névoa densa que sobe do asfalto na madrugada.
Isso me mata mais que qualquer gole ou trago.
Me consome.
Não era preciso uma silhueta em uma parede qualquer pra mostrar o que estava estampado no meu peito, mas eu vi.
Vi as sombras estranhas, transmitindo aquela sensação de medo, que aprendi a nunca mais ter quando ainda era um menino.
Bem semelhante, mas não ao que está do lado de dentro, que confesso que é bem mais assustador.
Medo claustrofóbico momentâneo.
E lá fora a chuva persiste. É como se estivesse ligada ao meu corpo, refletindo e expondo a tempestade que intensamente se faz aqui dentro e obrigando a me esconder do frio.
Talvez eu tenha mais a ver com aquela estrela.
Talvez eu um dia vire Sol,
Ou me apague sem ninguém ver...
E me pergunto se vale a pena brilhar.
Minha alma precisa de abrigo,
Esta longe de casa,
E já nem sei se ainda tem uma.
Por isso vai vagando...
Buscando respostas...
Sem pressa.

Quando amanhecer eu procuro.
Agora quero e preciso sentir esse frio.